sexta-feira, 25 de março de 2011

Conheça as 10 razões da Psicologia contra a redução da maioridade penal

1. A adolescência é uma das fases do desenvolvimento dos indivíduos e, por ser um período de grandes transformações, deve ser pensada pela perspectiva educativa. O desafio da sociedade é educar seus jovens, permitindo um desenvolvimento adequado tanto do ponto de vista emocional e social quanto físico;
2. É urgente garantir o tempo social de infância e juventude, com escola de qualidade, visando condições aos jovens para o exercício e vivência de cidadania, que permitirão a construção dos papéis sociais para a constituição da própria sociedade;
3. A adolescência é momento de passagem da infância para a vida adulta. A inserção do jovem no mundo adulto prevê, em nossa sociedade, ações que assegurem este ingresso, de modo a oferecer – lhe as condições sociais e legais, bem como as capacidades educacionais e emocionais necessárias. É preciso garantir essas condições para todos os adolescentes;
4. A adolescência é momento importante na construção de um projeto de vida adulta. Toda atuação da sociedade voltada para esta fase deve ser guiada pela perspectiva de orientação. Um projeto de vida não se constrói com segregação e, sim, pela orientação escolar e profissional ao longo da vida no sistema de educação e trabalho;
5. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) propõe responsabilização do adolescente que comete ato infracional com aplicação de medidas socioeducativas. O ECA não propõe impunidade. É adequado, do ponto de vista da Psicologia, uma sociedade buscar corrigir a conduta dos seus cidadãos a partir de uma perspectiva educacional, principalmente em se tratando de adolescentes;
6. O critério de fixação da maioridade penal é social, cultural e político, sendo expressão da forma como uma sociedade lida com os conflitos e questões que caracterizam a juventude; implica a eleição de uma lógica que pode ser repressiva ou educativa. Os psicólogos sabem que a repressão não é uma forma adequada de conduta para a constituição de sujeitos sadios. Reduzir a idade penal reduz a igualdade social e não a violência - ameaça, não previne, e punição não corrige;
7. As decisões da sociedade, em todos os âmbitos, não devem jamais desviar a atenção, daqueles que nela vivem, das causas reais de seus problemas. Uma das causas da violência está na imensa desigualdade social e, conseqüentemente, nas péssimas condições de vida a que estão submetidos alguns cidadãos. O debate sobre a redução da maioridade penal é um recorte dos problemas sociais brasileiros que reduz e simplifica a questão;
8. A violência não é solucionada pela culpabilização e pela punição, antes pela ação nas instâncias psíquicas, sociais, políticas e econômicas que a produzem. Agir punindo e sem se preocupar em revelar os mecanismos produtores e mantenedores de violência tem como um de seus efeitos principais aumentar a violência;
9. Reduzir a maioridade penal é tratar o efeito, não a causa. É encarcerar mais cedo a população pobre jovem, apostando que ela não tem outro destino ou possibilidade;
10. Reduzir a maioridade penal isenta o Estado do compromisso com a construção de políticas educativas e de atenção para com a juventude. Nossa posição é de reforço a políticas públicas que tenham uma adolescência sadia como meta.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Texto de Dráuzio Varela sobre o aborto.

AOS COLEGAS de Pernambuco responsáveis pelo abortamento na menina de nove
anos, quero dar os parabéns. Nossa profissão foi criada para aliviar o
sofrimento humano; exatamente o que vocês fizeram dentro da lei ao
interromper a prenhez gemelar numa criança franzina.

Apesar da ausência de qualquer gesto de solidariedade por parte de nossas
associações, conselhos regionais ou federais, estou certo de que lhes presto
esta homenagem em nome de milhares de colegas nossos.

Não se deixem abater, é preciso entender as normas da Igreja Católica. Seu
compromisso é com a vida depois da morte. Para ela, o sofrimento é
purificador: "Chorai e gemei neste vale de lágrimas, porque vosso será o
reino dos céus", não é o que pregam?

É uma cosmovisão antagônica à da medicina. Nenhum de nós daria tal conselho
em lugar de analgésicos para alguém com cólica renal. Nosso compromisso
profissional é com a vida terrena, o deles, com a eterna. Enquanto nossos
pacientes cobram resultados concretos, os fiéis que os seguem precisam antes
morrer para ter o direito de fazê-lo.

Podemos acusar a Igreja Católica de inúmeros equívocos e de crimes contra a
humanidade, jamais de incoerência. Incoerentes são os católicos que esperam
dela atitudes incompatíveis com os princípios que a regem desde os tempos da
Inquisição.

Se os católicos consideram o embrião sagrado, já que a alma se instalaria no
instante em que o espermatozoide se esgueira entre os poros da membrana que
reveste o óvulo, como podem estranhar que um prelado reaja com agressividade
contra a interrupção de uma gravidez, ainda que a vida da mãe estuprada
corra perigo extremo?

O arcebispo de Olinda e Recife não cometeu nenhum disparate, agiu em
obediência estrita ao Código Penal do Direito Canônico: o cânon 1398
prescreve a excomunhão automática em caso de abortamento.

Por que cobrar a excomunhão do padrasto estuprador, quando os católicos
sempre silenciaram diante dos abusos sexuais contra meninos, perpetrados nos
cantos das sacristias e dos colégios religiosos? Além da transferência para
outras paróquias, qual a sanção aplicada contra os atos criminosos desses
padres que nós, ex-alunos de colégios católicos, testemunhamos?

Não há o que reclamar. A política do Vaticano é claríssima: não excomunga
estupradores.

Em nota à imprensa a respeito do episódio, afirmou Gianfranco Grieco, chefe
do Conselho do Vaticano para a Família: "A igreja não pode nunca trair sua
posição, que é a de defender a vida, da concepção até seu término natural,
mesmo diante de um drama humano tão forte, como o da violência contra uma
menina".

Por que não dizer a esse senhor que tal justificativa ofende a inteligência
humana: defender a vida da concepção até a morte? Não seja descarado, senhor
Grieco, as cadeias estão lotadas de bandidos cruéis e de assassinos da pior
espécie que contam com a complacência piedosa da instituição à qual o senhor
pertence.

Os católicos precisam ver a igreja como ela é, aferrada a sua lógica
interna, seus princípios medievais, dogmas e cânones. Embora existam
sacerdotes dignos de respeito e admiração, defensores dos anseios das
pessoas humildes com as quais convivem, a burocracia hierárquica jamais lhes
concederá voz ativa.

A esperança de que a instituição um dia adote posturas condizentes com os
apelos sociais é vã; a modernização não virá. É ingenuidade esperar por ela.

Os males que a igreja causa à sociedade em nome de Deus vão muito além da
excomunhão de médicos, medida arbitrária de impacto desprezível. O
verdadeiro perigo está em sua vocação secular para apoderar-se da maquinária
do Estado, por meio do poder intimidatório exercido sobre nossos dirigentes.

Não por acaso, no presente episódio manifestaram suas opiniões cautelosas
apenas o presidente da República e o ministro da Saúde.

Os políticos não ousam afrontar a igreja. O poder dos religiosos não é
consequência do conforto espiritual oferecido a seus rebanhos nem de
filosofias transcendentais sobre os desígnios do céu e da terra, ele deriva
da coação exercida sobre os políticos.

Quando a igreja condena a camisinha, o aborto, a pílula, as pesquisas com
células-tronco ou o divórcio, não se limita a aconselhar os católicos a
segui-la, instituição autoritária que é, mobiliza sua força política
desproporcional para impor proibições a todos nós.



Folha de São Paulo, 14/3/09, Folha Ilustrada

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Frases

Às vezes uma boa frase parece ser tudo o que precisávamos para “desatar um nó”. Pensando nisso, aí vão algumas. Sempre que possível publicarei novas compilações.

O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos,
nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o
silêncio dos bons.
Martin Luther King.


Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo
e nunca se arrepende.
Leonardo da Vince.

Não quero crer, quero saber.
Carl Sagan.

Não sou um professor; sou apenas um colega viajante a quem você pediu que apontasse o caminho. Eu apontei para frente. Bem para frente do que eu e você sabemos.
George Bernard Shaw.

Se você quer os acertos, esteja preparado para os erros.
Carl Yastrzemski.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O psicólogo.

Mandaram-me esse texto divertidíssimo por e-mail. Desconheço o autor.

Psicólogo...


...não adoece, somatiza.
Psicólogo não estuda, sublima.
Psicólogo não fofoca, transfere.
Psicólogo não conversa, pontua.
Psicólogo não fala, verbaliza.
Psicólogo não transa, libera libido.
Psicólogo não é indiscreto, é espontâneo.
Psicólogo não dá vexame, surta.
Psicólogo não tem idéias, tem insights.
Psicólogo não resolve problemas, fecha gestalts.
Psicólogo não pensa nisso, respira nisso.
Psicólogo não muda de interesse, muda de figura e fundo.
Psicólogo não come, internaliza.
Psicólogo não pensa, abstrai.
Psicólogo não é gente, é um estado de espírito.

Uma visão comportamental das coisas:

Psicólogo não elogia, reforça
Psicólogo não fica de mal, põe em extinção
Psicólogo não troca as bolas, generaliza
Psicólogo não dá toque, discrimina
Psicólogo não puxa orelha, pune
Psicólogo não dá exemplo, faz modelação
Psicólogo não é sincero, é assertivo
Psicólogo não seduz, faz aproximações sucessivas
Psicólogo não surpreende, libera reforço interminente
Psicólogo não finge, faz ensaio comportamental
Psicólogo não sente, emite comportamentos encobertos
Psicólogo não perde medo, dessensibiliza
Psicólogo não fica a perigo, sofre privação
Psicólogo não é bacana, é reforçador
Psicólogo não muda de vida, opera no ambiente
Psicólogo não pega no pé, libera reforço contínuo
Psicólogo não tem um medo do cacete, tem fobia.

Procrastinação

Espero que não procrastinem, como eu, a leitura desse texto!

PARE DE EMPURRAR COM A BARRIGA

por Leonardo Zandoná

Você é um procrastinador? Você pensa bastante sobre o que gostaria de realizar, mas raramente os projetos saem do papel? Tem dificuldades em iniciar ou completar projetos porque seus padrões de exigência são altos demais? Você tem dificuldade em tomar decisões, vacilando sobre o que deveria fazer ? Torna-se facilmente mal-humorado, irritado ou argumentativo quando lhe solicitam fazer algo que não quer? Ignora tarefas importantes, e então no último minuto trabalha freneticamente para conseguir que as coisas sejam feitas?

Talvez você seja um procrastinador, mas não saiba.

O que é isto??

Todas as pessoas procrastinam. Quem não enfrenta ou enfrentou atrasos em preencher seu imposto de renda, organizar seu bagunçado espaço de trabalho, fazer aquele planejamento difícil que o chefe tanto quer ou o trabalho de conclusão na universidade? Procrastinar significa adiar, deixar para depois. Algumas vezes, procrastinar pode ser-lhe útil. Postergar a compra de um bem para no mês seguinte pagá-lo à vista, pensar melhor se é este o momento de você se casar, dar um tempo para esfriar a cabeça e juntar dados antes de uma decisão ou simplesmente deixar de devolver o vídeo na locadora, pois a chuva está mais para um dilúvio. Nestes casos, a procrastinação é uma aliada. Você escolhe procrastinar.

Mas, para algumas pessoas, adiar traz inúmeros problemas e, o que é pior, a procrastinação parece ter vontade própria. Como o jovem que não termina a faculdade, o gerente que deixa para o último momento projetos importantes e o marido que nunca acha tempo para o que a esposa espera (ou “reclama”, segundo o ponto de vista dele).

Procrastinar é sinônimo de deixar para amanhã, “empurrar com a barriga”, postergar, adiar. É um comportamento de autodefesa, um modo de diminuir diversos medos. Segundo Neil Fiore, da Universidade da Califórnia em Berkley, “é um mecanismo para enfrentar a ansiedade associada com iniciar ou completar qualquer tarefa ou decisão”.

Desculpas e conseqüências

As pessoas fazem de tudo quando procrastinam. Assaltam a geladeira de dez em dez minutos na véspera da prova de Matemática Financeira, telefonam a amigos que não vêem há tempo, trabalham em algo de menor importância (não importa o que seja), saem para fazer compras ou simplesmente plantam-se no sofá para assistir a um filme prazeroso.
O procrastinador sempre encontra desculpas para não escrever o relatório, não tocar o projeto, não consertar o que está quebrado ou adiar indefinidamente sua consulta médica ou a decisão sobre as férias. “Não tenho o equipamento apropriado”, “pode não ser suficientemente bom”, telefonarei quando a tarifa for mais acessível”.

As conseqüências pessoais e profissionais para quem adia sistematicamente não são nada agradáveis. Do ponto de vista externo, encontram-se a perda financeira, a perda de amizade, notas mais baixas, tensão com familiares, divórcio, multas governamentais. Internamente, aparecem a autocrítica, ansiedade, incapacidade de gostar de outras atividades, sensação de fraude, depressão e exaustão física.

Se pensarmos sob a ótica da empresa ou da sociedade, é fácil imaginar que conseqüências traz um vendedor que adia as visitas mais importantes (e lucrativas), um gerente que põe toda a equipe a apagar incêndios ou um estudante de universidade (pública ou particular) que deixa seu curso incompleto.

“Vou levando!”

Procrastinadores pensam ter uma falta de habilidade em gerenciar seu tempo. Procuram livros e cursos sobre o assunto, mas todas as abordagens tradicionais falham. Procrastinadores crônicos, em vez de fazerem as coisas, tendem a gastar seu tempo pensando sobre o que eles deveriam estar fazendo. E é aí que a vida se vai.

É preciso entender que seu comportamento é uma tentativa de resolver uma variedade de questões, em que aparecem perfeccionismo, baixa auto-estima, medos, desequilíbrio entre trabalho e lazer.

São cinco os grandes medos que conduzem à procrastinação: medo do fracasso (a procrastinação dá uma desculpa para não atingir a nota ou desempenho máximo), do sucesso (mantém-nos afastado do melhor e das conseqüências que podem advir), de perder a batalha (um modo indireto de resistir à pressão de autoridades), da separação (se você valoriza estar próximo a alguém) e da ligação (se você valoriza acima de tudo sua individualidade e solidão e se sente ameaçado quando se envolve demais com outras pessoas).

Tem jeito?

As técnicas tradicionais de administração do tempo (prioridades, metas, ferramentas, planejamento) decididamente não auxiliam. Pelo contrário, criam mais um problema: “Se todos que fazem cursos com estas abordagens conseguem progresso, por que comigo não funcionam? O que há de errado comigo?”

A chave está em técnicas que não lutam com a procrastinação, porém com suas causas. Assim, enfrentar o perfeccionismo o fará avançar quilômetros. Aprender a ser humano, com direito à falha, trará sua nota 9 - contra um idealista e distante 10.

Comece já!

Metas passo a passo

Metas para um procrastinador são quase sempre vagas ou excessivamente ambiciosas. Estabeleça uma meta comportamental, observável, específica, concreta e dividida em pequenos passos.

Diversão. Sim, muita diversão.

Para manter altos níveis de motivação, diminuir a necessidade de procrastinar diante das demandas da vida e atingir alto desempenho, toda pessoa necessita de diversão sem culpa. O lazer proporciona períodos de renovação física e mental. Esteja certo de planejar para a próxima semana uma saída com amigos, ida ao cinema e qualquer outra atividade divertida de sua preferência. Diversão não é pecado! Nem privilégio dos não-procrastinadores.

Em vez das pedras do meio do caminho, veja o prêmio

Ansiedade ou excitação são dois lados de uma mesma moeda. Ao invés de ficar ansioso e amedrontado com o projeto que vem pela frente, veja pelo lado positivo. O que de novidade você irá descobrir com este projeto? Que experiências estimulantes e novas pessoas serão o prêmio desta empreitada?

Calendário reverso.

Seja a festa de aniversário de seu filho, seja o planejamento anual de seu departamento o objeto do seu adiamento, escreva as etapas necessárias partindo da data limite. Digamos que o aniversário seja daqui há três semanas. Naquela data você receberá os convidados e dará a recepção. Para a véspera, planeje decorar o ambiente; dois dias antes, compre as bebidas. A torta e guloseimas serão encomendadas com quinze dias de antecedência à data da festa. Antes disso, é hora de enviar os convites. E então, “hoje” você pode definir o local da festa e a lista de convidados. Esta é a sua tarefa de agora.

O início persistente

Os pensamentos “Este projeto é muito grande” e “Eu devo terminar” conduzem à paralisia. Troque o foco “terminar” por “iniciar”. Insista em começar hoje. Por exemplo, compre o envelope no qual enviará seu curriculum vitae a um possível empregador ou encontre uma caixa vazia para posteriormente juntar seus documentos para o imposto de renda. Por pequena que seja a tarefa, você está no controle. Adeus, ansiedade.

Técnica do rascunho.

Rascunhos e esboços iniciais são etapas necessárias e desejáveis que refletem o processo não-linear de iniciar um projeto. Saber que você está trabalhando na primeira versão de seu documento e que voltará a ele tantas vezes quanto quiser, afasta-o do perfeccionismo, permitindo-lhe iniciar já. Este artigo foi escrito ao longo de uma semana, justamente usando este técnica.

Controle a tensão.

Aprenda a lidar com a tensão. Ouça fitas cassete de relax. Faça exercícios físicos de forma regular (a atividade física estimula a produção de endorfinas e libera o acúmulo de tensões e frustrações). Experimente ficar sozinho por algum período (15 ou 30 minutos), sem necessidade de realizar nada, apenas repouso ou contemplação.

Busque apoio. Encontre um amigo. Trabalhe com alguém.

As pessoas podem ajudá-lo, mas não todas. Evite aquelas que elogiam incondicionalmente (soa como pressão) ou criticam e julgam ferozmente. Amigo é alguém que enxerga a situação do ponto de vista “seu” e pode dar-lhe a compreensão necessária e um feedback. Que tal encontrar um amigo que também quer caminhar das 6 às 7 horas da manhã?

Que tal um “sócio” para estabelecer um plano em conjunto seja qual for o projeto? Por vezes, unir-se a pessoas com habilidades complementares às suas, pode representar o mapa da mina para vencer a procrastinação.

Use recompensas ao longo do caminho

A auto-recompensa é mais eficiente do que a autocrítica. Comemore cada etapa vencida em seu projeto, por menor que seja ela. Ir ao cinema no final de semana, sua comida predileta, a visita a um amigo, o CD que você está namorando, um bate-papo com um amigo e elogios são exemplos de prêmios que você pode dar a si mesmo. Lembre-se: recompensas freqüentes e logo após ocorrer o comportamento almejado (nunca antes e nem exageradamente distante).

Leonardo Zandoná é Administrador de empresas, pós-graduado em Informática Empresarial. Viveu seus piores dias de procrastinador em meio ao curso de Mestrado em Marketing na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Não conseguiu concluí-lo, foi atrás de conhecer a fundo a administração do tempo e como vencer a procrastinação. Procrastinador recuperado, atuou como gerente de produto e é consultor e professor de Gestão de Marcas e Administração do Tempo. Lançou em outubro de 98, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), o curso “Vencendo a Procrastinação - técnicas de administração do tempo para superar o adiamento crônico”, já na sua sexta edição. Atua também na Fundação Regional de Economia.

Esse texto foi encontrado no link: http://www.amigorico.org/blog/?s=procrastinador


Fortuna Imperatrix Mundi

O Fortuna
velut luna
statu variabilis,
semper crescis
aut decrescis;
vita detestabilis
nunc obdurat
et tunc curat
ludo mentis aciem,
egestatem,
potestatem
dissolvit ut glaciem.


Sors immanis
et inanis,
rota tu volubilis,
status malus,
vana salus
semper dissolubilis,
obumbrata
et velata
michi quoque niteris;
nunc per ludum
dorsum nudum
fero tui sceleris.


Sors salutis
et virtutis
michi nunc contraria,
est affectus
et defectus
semper in angaria.
Hac in hora
sine mora
cordum pulsum tangite;
quod per sortem
sternit fortem,
mecum omnes plangite!